22 de Abril, Dia da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira & 50 Anos do F-5E Tiger II
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22 de Abril, Dia da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira & 50 Anos do F-5E Tiger II

Caças F-5E completam meio século em serviço enquanto caças Gripen entregues não chegam a dez exemplares.
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A foto oficial da RAC 2025, na Base Aérea de Santa Cruz. Firma: FAB
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1945, a Mística do Senta a Púa!

Quando um piloto brasileiro, a bordo do seu P-47D Thunderbolt, mergulhava contra alvos no solo em plena Itália, durante a 2ª Guerra Mundial, ao começar o ataque, o grito de "Senta a Puá" ecoava no cockpit. 

No dia 22 de Abril de 1945, o 1º Grupo de Caça realizou seu maior número de missões na guerra. 

Assim surgia a mística do piloto de caça brasileiro, corajoso, bem treinado e letal quando realizava perigosos ataques ao solo com oito metralhadoras pesadas, foguetes e bombas.

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22 de Abril de 1945/2025: Todos os Esquadrões de Caça da FAB em arte de Marco Aurélio do Couto Ramos

1975, o Tigre

Com o sucesso dos caças franceses Mirage, de asas em delta, nas mãos de pilotos israelenses em 1967 (Guerra dos Seis Dias), a Dassault rapidamente conseguiu vender dezenas desses aviões para Forças Aéreas da América do Sul, muitas delas adquirindo capacidade supersônica pela primeira vez ao escolherem esse jato.

 O Brasil não só montou uma base aérea dedicada a esse interceptador, como criou um sistema de defesa aérea e controle de tráfego aéreo, com os radares e controladores trabalhando juntos sob controle militar, para maximizar a velocidade e a capacidade de pronta resposta desses aviões. 

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Northrop F-5EM Tiger II da Força Aérea Brasileira. Firma: Roberto Caiafa

Quando a Força Aérea demandou mais caças Mirage aos franceses, uma proposta para fornecimento dos então novos F-5E Tiger II da Northrop foi colocada pelos Estados Unidos e aceita pelo Brasil. 

Em 1975, a FAB recebia seus primeiros "bicudos". No final dos anos de 1980, mais aviões foram adquiridos, usados, e recondicionados.

No início dos anos 2000, um ambicioso programa de modernização foi implementado, o que permitiu criar uma aviônica 100% BR a partir dos requerimentos estabelecidos para o "novo" avião, que passou a executar missões BVR e recebeu tecnologias usadas em caças de 4ª geração como a capacidade de usar armas guiadas ar-solo e mísseis ar-ar modernos, com maior alcance.

Essa frota, hoje com pouco mais de 40 exemplares disponíveis, responde pela Defesa Aérea do Brasil.

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F.39E Gripen da FAB. Firma: Roberto Caiafa

Gripen, O Escolhido

Resultado de um moroso processo de escolha para 36 aviões que demorou quase 20 anos para chegar a uma decisão (2013) e assinar o contrato de compra (2015), o Programa Gripen Brasileiro desde então manteve um ritmo lento, constante, de entregas e tecnologias, com desenvolvimento industrial, avanços de engenharia aeroespacial, e também de lentidão na execução do programa. 

Não há como negar isso. 

Oito aeronaves entregues após 10 anos de execução do contrato, independente das conquistas obtidas, é uma velocidade, sob qualquer métrica, "lenta".

Em 2025, ainda não existe anúncio oficial sobre quantos caças serão entregues a FAB, e quando isso vai acontecer (acredita-se que provavelmente no 2º semestre). 

Espera-se a entrega do primeiro F.39E Gripen produzido e montado no Brasil (nas instalações da Embraer/SAAB em Gavião Peixoto, e a apresentação oficial do primeiro jato biplace, exclusivo do Brasil, que deverá iniciar sua campanha de ensaios em voo em 2026 na Suécia, onde está sendo fabricado.

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Com o fim do A-1 AMX na FAB, a capacidade de ataque ao solo fica comprometida. Firma: Roberto Caiafa

A cerimônia do 22 de Abril será uma ocasião ímpar, onde um caça que já demorou demais para ser aposentado vai voar lado a lado com outro caça, o seu substituto, que está demorando muito para ser entregue. 

Adicionalmente, some-se ao problema a aposentadoria dos caças bombardeiros de ataque Embraer A-1 AMX, que realizam a sua última Reunião da Aviação de Caça, evento que precede o 22 de abril.

2026 vai chegar sem os valiosos AMX, com poucos F-5EM/FM em condições de voo e com poucos caças Gripen entregues.

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50 Anos do F-5 na FAB. Firma: FAB

A questão de um caça tampão, que permitiria a FAB resolver esse impasse, teve um novo capítulo com a suposta oferta paquistanesa de jatos JF-17 Thunder, feita durante a LAAD 2025

Nos capítulos anteriores, falou-se em F-16 Viper, M-346 Master, F/A 50 Eagle e outros mais. 

Mas permanece a pergunta: se o Brasil não consegue manter um fluxo de entregas do Gripen, como vai materializar recursos para adquirir outro avião de combate, usado ou não?

Enquanto isso, os poucos Gripens, F-5EM/FM, AMX e A-29 Super Tucano que a Força Aérea Brasileira pode alinhar vão dar o seu melhor nas apresentações aéreas em Santa Cruz, ao menos para manter a mística  acesa...

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80 Anos de Senta a Púa na 2ª Guerra Mundial. Firma: FAB



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