Turbomachine e Siatt projetam o primeiro drone brasileiro de decolagem vertical
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Turbomachine e Siatt projetam o primeiro drone brasileiro de decolagem vertical

Tupan 300
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As empresas Turbomachine (propulsão) e SIATT (projeto geral e sistemas de missão embarcados) anunciaram o projeto do Tupan 300, o primeiro modelo de uma família de drones com diferentes pesos, dimensões e performances, equipados com propulsores elétricos (ducted-fan) ou jato (turbofan) de configuração basculante VTOL, ou seja, pouso e decolagem na vertical.

A fuselagem com design avançado deverá receber quatro propulsores, resultando em um drone rápido para seu tamanho e perfil aerodinâmico e com grande alcance. A brasileira Turbomachine (anteriormente Polaris) trabalha no desenvolvimento e produção de turbinas para mísseis de cruzeiros, drones, alvos aéreos e pequenas aeronaves, dependendo apenas dos requisitos do cliente.

Focada em pesquisa, inovação e desenvolvimento de produtos, atua principalmente nas áreas de turbinas a gás e combustão assistida de plasma. Fundada em 2008 pelo engenheiro aeronáutico Carlos Alberto Pereira Filho, conta com uma equipe experiente de engenheiros e técnicos.

A SIATT Engenharia, Indústria e Comércio Ltda fornece, no caso do Tupan 300, todos os sistemas de missão, incluindo a navegação, integração de sensores, piloto automático e comunicações entre o drone e seus operadores.

A empresa atua, desde 2015, no projeto, desenvolvimento e fabricação de eletrônica embarcada, sistemas integrados de alto teor tecnológico, armamentos inteligentes (mísseis, bombas guiadas) integração de armamentos inteligentes a plataformas (aeronaves, tanques, navios, viaturas terrestres), radares e outros tipos de sensores, sistemas e equipamentos aviônicos, sistemas de comunicação segura e de comando & controle e subsistemas e equipamentos para veículos lançadores de satélites.

Tupan 300

De acordo com as normas da Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC), o drone Tupan 300 é da Classe 2, até 150 kg de peso de decolagem, enquanto seus “irmãos” maiores, da Classe 1, terão versões de 500 kg (Tupan 1.000), 1.000 kg (Tupan 2000) e 1.600 kg (Tupan 3000), compondo uma família de drones com performances de 300 km/hora com motor E-Ducted-Fan e 500 km/hora com motor jato TJ200, no caso do Tupan 300.

A previsão das empresas e do fundo de investimentos parceiro do projeto é introduzir o primeiro Tupan 300 em operação após 18 meses (segundo semestre de 2022), o drone sendo capaz de realizar entregas expressas de mercadorias diversas e medicamentos, transporte de órgãos entre municípios, apoio e localização em áreas remotas (busca & resgate), suporte a plataformas de petróleo dentro da Zona Econômica Exclusiva, detecção e combate a incêndio em ambiente rural ou urbano, monitoramento aéreo, para citar missões com perfil para o mercado civil.

Nas missões militares, o Tupan, em diferentes versões, será capaz de atuar no apoio as Forças Armadas nas fronteiras terrestres (reconhecimento, vigilância, inteligência), voar em “enxame” como loyal wingman, controlado em rede por aeronave tripulada, atacando alvos com armas inteligentes e mantendo o piloto e sua aeronave a distâncias seguras das ameaças, atuar como alvo aéreo de alto desempenho, atuar como retransmissor e guiamento de meio curso/além do horizonte para mísseis, atuar no esclarecimento marítimo e patrulha naval, realizar operações aéreas embarcadas diuturnas pousando e decolando das escoltas e navios multifunção dotados de convoo na Marinha do Brasil em missões de combate, apoio logístico ou coleta de Inteligência, etc.

As versões maiores do drone da SIATT e Turbomachine poderão ser armadas com mísseis e bombas guiadas de propulsão elétrica ducted-fan, extremamente silenciosas no lançamento, transformando o drone em uma plataforma de lançamento de armamento, missões de reconhecimento e apoio de operações especiais, tudo empregando alta tecnologia 100% brasileira.

A versão inicial foi pensada para atuar na Amazônia Legal Brasileira, segundo o fundo investidor que financia o Tupan 300, e deverá ser capaz de apoiar populações ribeirinhas de comunidades isoladas da região com transporte de medicamentos e suprimentos críticos, apoio em buscas e salvamentos, vigilância e monitoramento de área, reflorestamento de empreendimentos agrícolas, apoio aéreo no combate a incêndios, etc.



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