O chamado Encontro do G20 2024, que acontecerá entre os dias 18 e 19 de novembro, está tornando-se uma grande oportunidade para a concretização de acordos e negócios com relação a compra de equipamentos militares pelo Governo Brasileiro.
G20 2024 Heads of State and Government Summit. Firma: Agência Brasil
Além da presença da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que traria na sua bagagem a oferta de caças leves M-346 FA com capacidade de combate e armamento variado, como mostrado por Infodefensa, o presidente francês Emmanuel Macron vai tratar no Brasil de uma lista variada de opções.
No menu estariam sendo oferecidos 50 helicópteros Airbus H-145, com montagem local pela subsidiária brasileira Helibras e gradual nacionalização de ítens de produção, repetindo a fórmula do Programa HX-BR, que repartiu a produção das aeronaves entre a Força Aérea Brasileira, Marinha do Brasil e Exército Brasileiro.
Para promover o Rafale durante a concorrência FX-2, vencida pelo Gripen E/F posteriormente (2013), a França enviou seis caças para participarem da CRUZEX 2010, todos biplaces. Firma: Roberto Caiafa
No setor de caças, que hoje tem o SAAB Gripen E/F como aeronave de primeira linha da Força Aérea Brasileira, a proposta francesa envolveria a venda de até 24 caças bimotores Dassault Rafale (não se sabe se usados ou novos, e de qual versão).
Na recente visita de Macron ao Brasil, no final do mês de março, o presidente francês comentou, durante a cerimônia de entrega de um submarino Scorpene (Naval Group) em uma base naval de projeto francês, que seria uma visão linda no futuro próximo "Caças Rafale brasileiros sobrevoando a Base Naval de Itaguaí".
O CAESAR, da NEXTER, pode entrar no lugar do ATMOS, da Elbit Systems. Firma: Roberto Caiafa
Com relação ao Exército Brasileiro, a oferta francesa do obuseiro de 155mm sobre rodas 6x6 CAESAR, que participou da concorrência para a escolha de 36 peças, ficando em terceiro lugar, seria o fornecimento desse sistema francês da NEXTER substituindo a proposta vencedora da Elbit Systems, de Israel (ATMOS), negócio este que vem sofrendo grandes pressões políticas para que não se concretize devido a diferenças entre os atuais governantes do Brasil e de Israel.
Fechando o pacote francês para o Encontro do G20, Macron ofereceria a Marinha do Brasil a extensão do contrato do Programa de Submarinos (PROSUB), o que resultaria em mais um submarino Scorpene Modificado adicional, mantendo parte da força de trabalho que atuou na produção e entrega dos quatro submarinos originalmente encomendados.
A Força de Submarinos da Esquadra Brasileira, segundo fontes francesas, teria efetivos, capacidade de formação de recursos humanos de alta qualidade e doutrina para absorver com eficiência uma frota de cinco submarinos diesel-elétricos armados com mísseis anti-superfície e torpedos pesados.
Um quinto submarino para o PROSUB daria fôlego para a ICN manter sua força de trabalho altamente especialziada. Firma: Ginno Marcomini