A área de Defesa do Embraer cresce no último trimestre de 2016 em comparação a 2015
EDICIÓN
| INFODRON | INFOESPACIAL | MUNDOMILITAR | TV
Empresas (Portugués) >

A área de Defesa do Embraer cresce no último trimestre de 2016 em comparação a 2015

Portifólio de tecnologias Embraer Defesa & Segurança. Foto: Divulgação
|

No dia nove de março, o Grupo Embraer publicou um extenso documento com os resultados financeiros do quarto trimestre de 2016 e as previsões para 2017.

Infodefensa publica aqui um resumo da parte relativa a Embraer Defesa & Segurança (EDS).

Resultados EDS

No quarto trimestre de 2016, foram entregues quatro aeronaves Super Tucano (utilizadas para missões de treinamento avançado, vigilância de fronteiras e de segurança interna) para a República do Mali.

Também foram entregues três aeronaves para o Programa de Apoio Aéreo Leve (LAS, em inglês), da Força Aérea dos Estados Unidos para a República do Líbano.

Em outubro, a Atech Negócios em Tecnologias S.A conquistou um contrato de evolução continuada do sistema SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento Informações de Tráfego Aéreo de Relatórios de Interesse Operacional) dentro do programa de modernização do sistema de controle de tráfego aéreo brasileiro.

No mesmo período, foi assinado um novo contrato do sistema SIGMA (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos) destinado a uma atualização da versão atual.

Atendendo a crescente demanda de modernização dos sistemas aeroportuários brasileiros, a Atech firmou um contrato de implantação de visualização de síntese aérea no aeroporto de Guarulhos.

Seguindo o programa de modernização dos sistemas e testes de redes de comunicação aeronáuticas, em dezembro de 2016 a Atech assinou um contrato de implantação do simulador LQCEA (Laboratório de Qualificação de Sistemas e Elementos de Rede VoIP – Rede ATN).

Em novembro, o programa KC-390 alcançou um importante marco com o recebimento do Certificado de Tipo Provisório para o Veículo Básico, emitido pelo Instituto de Fomento e Coordenação Industrial – IFI, organização da Força Aérea Brasileira responsável pela certificação militar, atestando que o KC-390, nessa configuração básica, cumpre os requisitos da base de certificação.

A campanha de ensaios e certificação progride conforme planejado e com grande eficiência, com vistas a receber a capacidade operacional inicial (IOC), no segundo semestre de 2017, e à certificação da capacidade operacional final (FOC), no segundo semestre de 2018.

Os dois protótipos do KC- 390 haviam acumulado mais de 740 horas de voo até o final de dezembro. A Embraer está produzindo o primeiro avião de série da Força Aérea Brasileira que será entregue no primeiro semestre de 2018.

No trimestre, o satélite do Sistema Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC), cuja integração está sob responsabilidade da Visiona Tecnologia Espacial, finalizou sua fase de testes, juntamente com a conclusão dos testes dos centros de controle e estão prontos para o lançamento do satélite.

Adicionalmente, teve início o projeto de monitoramento da região amazônica juntamente com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), sendo o primeiro contrato de fornecimento de telemetria firmado com uma empresa privada no Brasil, além da conquista do contrato com a Concert Tecnologias para monitoramento de linhas de transmissão com o uso de satélites, representando um novo produto no portfólio de serviços da Visiona.

Em dezembro, foi entregue a segunda de seis aeronaves Legacy 500 ao Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) da Força Aérea Brasileira. Os jatos serão utilizados na calibração e homologação de auxílios à navegação nos aeroportos brasileiros. As entregas das demais aeronaves estão programadas para acontecer até 2020.

No âmbito do Programa F-39 Gripen NG, da Força Aérea Brasileira, já foram enviados mais de 100 engenheiros da Embraer à Suécia, para participarem do processo de transferência tecnologia.

Em novembro foi inaugurado, em Gavião Peixoto (SP), o Centro de Projeto e Desenvolvimento do Gripen NG. A Embraer Defesa & Segurança fechou o ano com US$ 4,5 bilhões em sua carteira de pedidos firmes.

RECEITA POR SEGMENTO

No 4T16, o segmento de Aviação Comercial teve participação de 50,6% na receita líquida da companhia,abaixo dos 53,7% do 4T15, apresentando queda de 21% na receita na comparação entre os trimestres.

O segmento de Aviação Executiva teve queda de participação de 36,0% no 4T15 para 33,2% no 4T16, refletindo o menor número de entregas nesse trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior (43vs.45).

O segmento de Defesa & Segurança teve 15,8% de participação na receita no 4T16, acima dos 9,7% do 4T15 e com 37% de aumento das receitas no período como resultado da valorização do real ocorrida no período e a ausência de revisão da base de custos para determinados contratos desse segmento.

Outras receitas representaram 0,4% de participação no 4T16 em comparação aos 0,6% do 4T15.

No ano, o segmento de Aviação Comercial teve 56,7% de participação no total das receitas, o segmento de Defesa &Segurança alcançou 15,1%, o segmento de Aviação Executiva reportou 27,8%, enquanto outras receitas tiveram participação de 0,4%.

Previsões para 2017

Em 2016 foi lançado um programa interno com o objetivo de reduzir os custos recorrentes anuais em US$ 200 milhões, através de um programa de demissão voluntária que levou ao ajuste dos orçamentos operacionais em todas as áreas da Companhia. Acredita-se que essa ação deverá melhorar as margens consolidadas de 2017.

Uma maior eficiência no segmento de Jatos Executivos e uma maior estabilidade nas receitas do segmento de Defesa & Segurança, aliadas a uma menor variação na taxa de câmbio do Real frente ao Dólar norte-americano, contribuíram para o aumento da rentabilidade.

Como resultado, em 2017 espera-se atingir uma Margem EBIT consolidada de 8,0% a 9,0% (de US$ 450 milhões a US$ 550 milhões) e Margem EBITDA de 13,5% a 14,5% (de US$ 770 milhões a US$ 890 milhões).

Com relação ao segmento de Defesa & Segurança, o programa KC-390 avança conforme o planejado, atingindo importantes marcos e níveis elevados de maturidade em sua campanha de certificação.

Nos demais programas de Defesa & Segurança como o Sistema de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON), o Super Tucano LAS e o Satélite Brasileiro, a EDS espera continuar sua execução conforme planejamentos específicos*.

*Em meados de fevereiro foram anunciados pelo Governo Federal R$ 450 milhões para a continuidade da implementação do SISFRON. No início de março, ocorreu a queda de um Super Tucano próximo a Base Aérea de Moody, na Geórgia do Sul (sem vítimas). Essa aeronave fazia parte de um contrato de US$ 427 milhões para um total de 20 exemplares do modelo, a serem entregues a Força Aérea do Afeganistão até o final de 2018. Quanto ao SGDC, com o seu lançamento, previsto para o final de março, trata-se de um contrato consumado, e a gestação de um segundo satélite deve ser o próximo passo (nota do autor).



Los comentarios deberán atenerse a las normas de participación. Su incumplimiento podrá ser motivo de expulsión.

Recomendamos


Lo más visto