A Indústria de Material Bélico do Brasil, ou IMBEL, fechou um Termo de Execução Descentralizada (TED) com a Força Aérea Brasileira (FAB), para a aquisição de uma quantidade não informada do Fuzil de Assalto IMBEL IA2 no calibre 5,56mm.
Esse fuzis irão dotar as unidades de infantaria da Força Aérea, substituindo o longevo fuzil Heckler & Koch HK 33, também no calibre 5,56mm.
Além de lotes desses fuzis fabricados no Brasil, a Força Aérea também vai realizar aquisição de diversos conjuntos de manutenção de 1º, 2º e 3º escalões.
O Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, o Comandante Geral de Apoio (COMGAP) Tenente-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta e o Diretor de Material Aeronáutico e Bélico (DIRMAB), o Brigadeiro do Ar Glauco Fernando Vieira Rossetto participaram da cerimônia de assinatura do TED.
Representando a IMBEL estiveram presentes o seu Presidente, Gen Div R1 Ricardo Rodrigues Canhaci e os Diretores Comercial, Cel R1 Carvalho, de Inovação, Cel R1 Thiers, e o Industrial, Cel R1 Assis.
O TED é um instrumento que ajusta a descentralização de créditos entre órgãos e entidades federais e é utilizado largamente na execução de projetos, programas e atividades, sendo uma das suas principais vantagens a possibilidade de aplicação dos recursos descentralizados na melhoria do produto e nas plantas industriais.
O IA2 5,56mm é o resultado de um longo processo para o desenvolvimento de uma nova classe de fuzis projetados e fabricados no Brasil incorporando tecnologias modernas e materiais mais leves e resistentes.
Lançado em agosto de 2010 através dos Requisitos Operacionais Básicos (ROB) 07/10 – EME, o IA2 5,56mm ficou pronto para produção em janeiro de 2012, possibilitando a aquisição do lote piloto do armamento pela Força Terrestre naquele mesmo ano.
Para entrar em produção, o IA2 5,56mm foi testado pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx) e por Organizações Militares (OM) selecionadas.
Com as observações feitas pela tropa operacional alimentando um processo de contínuo desenvolvimento deste material de emprego militar (MEM) o projeto sofreu aperfeiçoamentos que atenderam integralmente aos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC), do Ministério da Defesa, que planejou a aquisição do mesmo fuzil de assalto para as três Forças.
A compra do IMBEL IA2 5,56mm pela Força Aérea representa mais visibilidade comercial e técnica para um armamento genuinamente brasileiro (fortemente inspirado no M964 FAL e MD97, com modificações no sistema de trancamento - rotativo - e alimentação/ejeção), a progressiva independência com relação a fornecedores internacionais, e uma certa padronização logística dos processos e procedimentos relacionados com o armamento leve utilizado pelas Forças Armadas.
OBS: A Marinha do Brasil já testou o IMBEL IA2 5,56mm em um passado não muito distante, e decidiu-se por continuar operando fuzis norte-americanos M-16 A2/A3, que possui em quantidades apreciáveis nos seus arsenais (o FAL M964 7,62mm ainda existe em quantidade no Corpo de Fuzileiros Navais).