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A “Ofensiva Sueca” no Brasil, Gripen e KC-390 Millennium na Agenda.
De 21 a 23 de novembro, o Ministro da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Comércio Exterior da Suécia, Johan Forssell, visitou o Brasil para promover os interesses empresariais suecos no país.
Durante a visita, o ministro participou de um Fórum de Líderes Empresariais em São Paulo, e cumpriu agenda de visitas ministeriais, em Brasília.
Em São Paulo, Johan Forssell discursou no Fórum de Líderes Empresariais Brasil-Suécia 2023, onde participam líderes de alto escalão da cena empresarial brasileira e sueca.
A delegação, que chegou ao Brasil na noite de terça-feira (21/11), também incluiu a Secretária de Estado para Assuntos Empresariais, Sara Modig, do Ministério do Clima e Negócios e o Conselheiro para Assuntos Comerciais do Ministério das Relações Exteriores, Per-Arne Hjelmborn, ex-embaixador da Suécia no Brasil.
Nos encontros realizados com a Alta Cúpula do Governo Brasileiro em Brasília, Johan contou com o “reforço” do CEO da SAAB AB, Micael Johansson, e da embaixadora da Suécia no Brasil, Karin Wallensteen.
Na pauta sueca, aumentar a encomenda de caças F.39E/F Gripen destinados ao Brasil de 36 para 51 exemplares, um aditivo de 25% no contrato, firmado em 2014 e iniciado em 2015.
Das autoridades brasileiras, liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a mensagem foi clara: a Suécia precisa de novas aeronaves de transporte militar, e a Embraer tem esse avião pronto e adotado por diversos países europeus integrantes da NATO/OTAN, aliança a qual a Suécia também está se juntando depois da agressão russa a Ucrânia.
Quatro KC-390 Millennium para a Suécia, a título de off-set, e o Brasil fecha negócio nos 15 aviões extras, o que garantiria um segundo esquadrão operador do modelo, baseado talvez na região sul, e a possibilidade de introduzir destacamentos avançados com pelo menos duas aeronaves baseadas na região amazônica, provavelmente em Manaus (AM), em sistema de rodízio.
A mensagem Forssell
O Ministro sueco destacou o grande potencial de cooperação entre a Suécia e o Brasil nas áreas de segurança, energia, mineração, infraestrutura, saúde e transição verde, além de novos avanços no Acordo Mercosul-EU, e várias áreas de inovação e desenvolvimento.
A Colômbia é um dos países onde o Gripen tem boas chances de vencer a licitação. Firma: Erich SaumetForssell destacou também o potencial do Brasil para tornar-se um “hub” regional especializado na produção de aviões de caça e de outros tipos, contando com as instalações de Gavião Peixoto, inauguradas em 2023.
Segundo o ministro sueco, a SAAB está oferecendo o caça Gripen a pelo menos dois outros países sul americanos, e caso o avião sueco vença essas competições, as aeronaves destinadas a esses novo operadores poderiam ser construídas no Brasil, reduzindo custos e aumentando a escala de produção.
Força Sueca no Brasil
As cerca de 220 empresas suecas no Brasil empregam mais de 60 mil pessoas, em áreas como transportes, eletrodomésticos e químicos. A maioria delas está concentrada no Estado de São Paulo.
Na Pesquisa Anual Global de Clima de Negócios da Business Sweden, o Brasil teve o maior percentual de empresas suecas fora da Suécia que reportaram lucratividade.
Brasil e Suécia mantêm uma parceria estratégica desde 2009. A parceria baseia-se em três pilares: contatos políticos, diálogo entre as empresas dos países e cooperação em inovação.
Escritório de Ciência e Inovação da Suécia no Brasil
Integrantes do Escritório de Ciência e Inovação da Suécia no Brasil também tiveram uma agenda movimentada durante a “semana sueca”.
Um dos compromissos mais importantes, uma visita a São José dos Campos, considerada a cidade mais tecnológica da América Latina.
Em São José os suecos puderam conhecer a unidade SJC da Embraer e também as instalações e unidades de pesquisa do ITA, ou Instituto Tecnológico de Aeronáutica, uma das casas da ciência aeroespacial brasileira.
Sobre o Fórum Empresarial Brasil – Suécia
O Fórum Empresarial Brasil – Suécia foi estabelecido em 2015.
É um mecanismo bilateral que tem por objetivo fomentar o diálogo entre as comunidades empresariais do Brasil e da Suécia a fim de apoiar a expansão e o fortalecimento das relações comerciais, econômicas, científicas e técnicas entre os países.
A Confederação Nacional das Indústrias, ou CNI, ocupa a função de secretaria do mecanismo pelo lado brasileiro, e pelo lado sueco, a Business Sweden, congênere da CNI da Suécia.
