O primeiro de seis submarinos de ataque com propulsão nuclear do tipo Barracuda para a Marinha da França será lançado à água no próximo dia 12 de Julho.
O lançamento do submarino Suffren terá lugar no estaleiro que a empresa francesa de construção naval Naval Group possui em Cherbourg, e contará com a presença da Ministra das Forças Armadas, a Senhora Florence Parly.
O Barracuda substituirá a partir de 2020 ou 2021 os seis submarinos de propulsão nuclear da Classe Rubis, os Rubis (S601), Saphir (S601), Casabianca (S601), Émeraude (S601), Améthyste (S601) e Perle (S601) recebidos entre 1983 e 1993 e operados pela Esquadrilha de Submarinos Nucleares de Ataque (ESNA) sedeada na Base Naval de Toulon. Os submarinos da Classe Suffren permitirão melhorar significativamente a capacidade de dissuasão da Força Oceânica Estratégica (FOST) da Marine Nationale.
O contrato assinado entre a Direction Générale de L'Armement (DGA), o Naval Group e a TechnicAtome em Dezembro de 2006 compreendeu o desenvolvimento do Barracuda, a construção do Suffren, apoio logístico inicial para seis submarinos e opções para construção dos restantes cinco submarinos.
Foi contratada a construção dos submarinos Duguay-Trouin em 2009, Tourville em 2011, De Grasse em 2014 e Rubis em 2018. A aquisição da última unidade, o Casabianca deverá ocorrer ainda em 2019.
O Barracuda possui um deslocamento de 4700 toneladas à superfície e 5100 toneladas em imersão para um comprimento de 99.9 metros e um diâmetro de 8.8 metros, velocidade máxima de 25 nós e uma tripulação de 63.
Este possui capacidade para empregar torpedos pesados de 533mm Naval Group F21, mísseis MdCN e Exocet SM39 Block 2 Mod 2 da MBDA Systems, lançadores de engodos anti-torpedos e minas FG29, e acolher veículos submarinos não tripulados e forças de operações especiais e seus equipamentos. O sistema de gerenciamento de combate SYCOBS, o sistema de sonar integrado Thales UMS 3000 e um sistema de propulsão híbrido, são outros dos principais sistemas instalados no Barracuda.
A empresa TechnicAtome e o Comissariado de Energia Atômica e Energias Alternativas (CEA) são responsáveis pelo módulo de aquecimento nuclear.
Outras empresas locais como a Thales, ECA Group, Jeumont Electric, Safran Electronics & Defense, Guichon Valves e MBDA Systems integram a construção dos submarinos.
Em 2022, a Itaguaí Construções Navais (ICN), uma parceria entre o Naval Group e o conglomerado Brasileiro Odebrecht deverá iniciar a construção do primeiro submarino de propulsão nuclear para a Marinha do Brasil. O cronograma atual indica que o submarino SN Álvaro Alberto será incorporado em 2030.