Entre os dias 07 e 11 de outubro de 2024, integrantes da Diretoria de Fabricação (DF) do Exército Brasileiro (EB) ministraram, nas dependências do Centro de Instrução de Blindados (CIBld), em Santa Maria-RS, capacitação relativa ao Sistema de Comando e Controle (SisC²) da VBC Cav 8x8 Centauro II.
A referida instrução teve como objetivo preparar os operadores para a realização das tarefas relativas à Avaliação Operacional, bem como demonstrar novas capacidades e boas práticas na operação do SMEM.
O SisC² é fundamental para ampliar as capacidades de combate dos blindados brasileiros. Firma: DF
O Sistema de Comando e Controle (SisC²) do Centauro 2 é relativamente similar ao empregado pela VBTP-MSR 6x6 Guarani, porém de uma versão mais moderna que agrega novas capacidades, já que a versão usada no Guarani está em serviço há 10 anos.
Instrução
O estabelecimento de uma programação padronizada é imprescindível para o funcionamento do SisC². Mais importante ainda é a necessidade de adestramento dos operadores, visando melhorar o desempenho e a eficiência do uso do sistema.
O SisC² abriu um novo leque de possibilidades antes inexistentes no Exército Brasileiro em termos de veículos blindados.
Com o SisC², os tripulantes de uma VBC Cav 8x8 Centauro II podem se comunicar internamente (motorista, comandante, atirador e loader) sem a necessidade de pressionar botão algum, utilizando um sistema que é acionado apenas pela voz e que conta com um avançado sistema de redução de ruído, filtrando as interferências do ambiente, como, por exemplo, o barulho produzido pelo motor do veículo.
Com essa tecnologia, os veículos Centauro 2 podem manter comunicação de voz e dados entre si, e também falarem com as VBTP-MSR 6x6 Guarani, que utilizam o mesmo sistema.
Setup do SisC² instalado na VBTP-MSR 6x6 Guarani. A arquitetura do sistema instalado no Centauro 2 é bastante similar. Firma: DF
O SisC² aumenta exponencialmente a consciência situacional da tropa embarcada, (navegação) e permite ao escalão de comando acompanhar in directo a evolução do quadro tático, diminuindo consideravelmente a chamada "neblina do combate".
Esse equipamento de forte apelo tecnológico (digitalização do campo de batalha) reúne computadores táticos touch screen, rádios digitais dados e voz, intercomunicadores dos operadores e diversas outras tecnologias específicas como o SOTAS (Grupo Thales), que permite a configuração conjunta e conexão para rádios de diferentes origens em um mesmo setup.
Os militares particpantes da instrução estão envolvidos ativamente nas avaliações dos veículos Centauro 2. Firma: DF