O ministro da Defesa chinês, Dong Jun, se encontrou no início desta semana com o comandante do Exército brasileiro, general Tomás Ribeiro Paiva, em Pequim.
Observando que este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, Dong disse que a relação entre os dois exércitos desfruta de uma base sólida para cooperação e amplos interesses comuns, e o aprofundamento dessa relação tem amplas perspectivas.
Dong pediu que ambos os lados melhorem os intercâmbios, aprendam uns com os outros e levem as relações militares entre China e Brasil a um novo patamar.
No 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil, a cooperação militar entre os dois países pode alcançar um novo patamar. Firma: China MoD
Tomás disse que o Exército brasileiro está disposto a fortalecer ainda mais a comunicação e o intercâmbio com seu homólogo chinês e aprofundar a cooperação em vários campos.
"Coooperação" que pode significar a liberação de acesso, para o Brasil, a sistemas de defesa antiaérea terra-ar missilísticos, artilharia sobre rodas e auto-rebocada, carros de combate, veículos blindados de infantaria, drones estratégicos de maior porte para reconhecimento e táticos de combate e ataque, dentre outras capacidades da indústria bélica chinesa.
O elo de ligação entre os dois Governos para a realização desses negócios seria a estatal chinesa NORINCO, recentemente identificada como uma das empresas internacionais interessadas na compra da Avibras Aeroespacial S.A, além da australiana DEFENDTEX (justamente para se antepor a crescente influência militar chinesa no Pacífico) e um grupo empresarial dos Emirados Árabes Unidos que já conta com uma sólida base no Brasil.