A EMGEPRON realizou, no dia 14 de dezembro, os testes iniciais de tiro com corpos de granada da munição 155mm M107, munição de exercício e treinamento produzida pela Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Muller (FAJCMC).
Vista aérea da Fábrica Almirante Jurandyr da Costa Muller (FAJCMC). Firma: Emgepron
O M-107 é um desenvolvimento do projétil M-102 de 155 mm desenvolvido na década de 1930 a partir do projétil francês Schneider de 155 mm para o obus Modelo 1917.
O projétil M-107 difere do tiro M-102 principalmente em sua faixa rotacional ou de acionamento mais ampla.
O corpo consiste em uma carcaça oca de aço pintada em verde-oliva e contendo um alto explosivo (TNT ou Composição B) com marcações amarelas. O adaptador do fusível é parafusado no corpo e soldado no lugar. Um tampão de elevação com olhal é parafusado na espoleta para facilitar o transporte. O plugue é removido e substituído por um fusível para ignição.
O projétil acabado pesa em média 43,2 kg, apresenta 800 mm de comprimento e contém 15,8% de seu peso em material explosivo.
O tiro M-107 pode ser disparado até um alcance nominal padrão de 21 km e detona cerca de 1.950 fragmentos. O obuseiro M-114, usado até hoje pelo Exército Brasileiro, pode disparar granadas do tipo M-107 até um alcance máximo de 18,5 km usando propelente "saco branco" M4A2.
Uma munição M-107 aprimorada com emprego de tecnologia basebleed e nova aerodinâmica aumenta esse alcance para cerca de 32 km.
No País de origem, os Estados Unidos, a munição de 155mm M-107 foi substituída pela munição M795, que entrou em produção em 1999.