Tensão na Fronteira Norte
O ano de 2023 chega ao fim com antigas questões territoriais localizadas na América do Sul despertando tensões e obrigando o Exército Brasileiro, por exemplo, a reagendar a transferência de tropas e meios para a fronteira norte, algo que deveria acontecer regularmente a partir de 2025, conforme planejamento anterior divulgado em 2009, e acelerado devido a situação criada artificialmente pelo atual Governo da Venezuela.
Na segunda quinzena de dezembro, em resposta a crise na região de fronteira, e para aumentar o poder de fogo das unidades de cavalaria mecanizada que estão sendo movimentadas para o Estado (Província) de Roraima, decidiu-se pelo envio de um lote inicial de mísseis anti-carro nacionais do tipo SIATT MSS 1.2 AC, com alcance de 2 km e guiamento laser do tipo bean rider.
Esses mísseis, do lote piloto fabricado entre 2014 a 2017, treinaram as tropas com a realização de disparos reais, e agora reforçam a dotação de unidades baseadas em Roraima com capacidade anti-carro e anti-material.
O MSS 1.2 AC a caminho do seu alvo. Firma: SIATT
Tropas de Infantaria de Selva e elementos da nova unidade criada, o 18° Regimento de Cavalaria Mecanizado ou 18º RCMec, também receberam treinamento no sistema durante recente campanha de tiro realizada na primeira quinzena de dezembro.
Além desses armamentos, uma grande quantidade de munições para canhões sem recuo SAAB Carl Gustav de 84mm foi enviada para reforçar a dotação antcarro das unidades de infantaria.
Industrialização
O Exército Brasileiro, através da sua Diretoria de Ciência e Tecnologia, em conjunto com a Diretoria de Fabricação e o Auto-Comando da Força, estão buscando alinhar um contrato de produção para um novo "lote piloto" do MSS 1.2 AC, de modo a enviar mais mísseis ainda no 1º semestre de 2024 para Roraima, com amplo apoio do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército Brasileiro.
Após anos de resiliência e persistência, a SIATT supera mais um obstáculo, passando o MSS 1.2 AC de protótipo ao estágio de4 encomendas firmes com produção seriada de mísseis, lançadores e sistemas de treinamento associados.
Maiores detalhes como a quantidade de mísseis a serem encomendados e quem produzirá o motor propelente ainda não são conhecidos, mas uma reunião deverá acontecer na próxima quarta-feira entre o Exército, SIATT e demais interessados, para alinhar esses e outros importantes detalhes sobre a industrialização de mais mísseis.
O MSS 1.2 AC é um sistema de armas para lançamento de míssil superfície-superfície, anticarro, de médio alcance, guiado a laser, para uso por tropas em solo ou em viatura, e provê maior portabilidade, flexibilidade e precisão no combate contra veículos blindados.
Cerca de 60 MSS 1.2 AC foram fabricados entre 2014 a 2016, para fins de avaliação, como lote piloto, e uma parte desses mísseis está a caminho de Roraima. Firma: SIATT