TB C. Baptista Junior (Brasil): "O KC-390 é o presente e o futuro da aviação militar brasileira"
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TB C. Baptista Junior (Brasil): "O KC-390 é o presente e o futuro da aviação militar brasileira"

Chefe da FAB valoriza positivamente os primeiros anos de implantação do avião de transporte da Embraer
tenente-brigadeiro-do-ar Carlos de Almeida Baptista Jr.
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O Infodefensa.com entrevistou o chefe da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior, para falar sobre o que significou a incorporação, nos últimos anos, das aeronaves de transporte da Embraer ao serviço ativo: o KC-390 Millenium.

“O KC-390 Millennium não representa apenas o presente da nossa Força, mas também simboliza o futuro da aviação militar brasileira”, afirma Baptista Junior.

Sobre as negociações com a gigante aeronáutica brasileira para a redução do número de unidades comissionadas, o chefe da FAB afirma que as relações com a Embraer são sólidas, mas alerta: “A Aeronáutica precisa rever constantemente suas prioridades diante dos recursos disponíveis e o cenário econômico que se apresenta, de forma a manter seu nível operacional, sem comprometer o cumprimento de sua missão".

Como o senhor avalia a importância da entrada em serviço do KC-390 na FAB?

Desde a concepção do projeto, com a parceria entre a Força Aérea Brasileira e a Embraer, os esforços foram no sentido de se ter uma aeronave que se adequasse ao trinônimo Defender–Controlar–Integrar, que sintetiza a missão da FAB. Assim, posso dizer, com a mais absoluta certeza, que o projeto logrou o mais pleno êxito. Desde o recebimento da primeira aeronave, no ano de 2019, todo o povo brasileiro presenciou a atuação firme e contínua do KC-390 em missões humanitárias.Por necessidade decorrente da pandemia de Covid-19, contribuiu para o transporte de grande quantidade de tanques de oxigênio líquido. Também, participoudo recente resgate dos brasileiros, que, em virtude do conflito na Ucrânia, precisaram fugir do país, situação que gerou grande sensibilização nacional. No que diz respeito à defesa do nosso território e à soberania da nação, promoveu notório incremento na atividade militar, por meio da capacidade de atender, praticamente sem restrições nas áreas logística e operacional, às ações de assalto aeroterrestre, patrulha marítima, controle aéreo avançado, reconhecimento aéreo, reabastecimento em voo, entre outras. O KC-390 Millenium representa não somente o presente da nossa Força, ele simboliza o futuro da aviação militar brasileira.

Quais as modificações introduzidas na Base Aérea de Anápolis para receber e operar os KC-390?

Além da capacitação das tripulações, houve uma adaptação na estrutura física da sede da nova aeronave. Algumas obras foram realizadas na Base Aérea de Anápolis não apenas para receber o KC-390, mas, em um futuro bem próximo o F-39 Gripen. A infraestrutura foi preparada, havendo ampliação de pátio de aeronaves, novas sedes administrativas para as Unidades Aéreas e reestruturação da iluminação da área de manobras. Foram feitas também adequação do local de lavagem das aeronaves e reforma dos hangaretes. A base estará plenamente preparada para sediar as novas aeronaves com total segurança e operacionalidade.

O avião da Embraer também poderá ficar baseado no Rio de Janeiro, especialmente para atender a Brigada de Infantaria Paraquedista?

Em consonância com o processo de implantação do KC-390 Millennium ao acervo da FAB, no próximo dia 25 de março de 2022, o Comando da Aeronáutica irá transferir duas aeronaves KC-390 ao 1º/1º Grupo de Transporte – Esquadrão Gordo, sediado na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Tal fato trará um significativo aumento na capacidade operacional na região, com reflexos positivos não somente para as tropas do Exército, mas em todas as missões em que a FAB estiver envolvida.

Em que estágio se encontra o litígio FAB x Embraer na questão da redução do número de aeronaves KC-390 encomendadas?

A parceria entre a Força Aérea Brasileira e a Embraer não surgiu com o projeto do KC-390, já é algo que existe desde muito tempo atrás. A Embraer , inclusive, nasceu na Força Aérea. Tenho convicção de que não houve nenhum abalo no relacionamento entre as Instituições. Entretanto, independente da riqueza dos países, as necessidades dos diversos setores são sempre maiores do que as possibilidades existentes. Assim, a FAB precisa, constantemente,  rever suas prioridades frente aos recursos disponíveis e ao cenário econômico que se apresenta, de modo a manter seu nível operacional, sem comprometer o cumprimento da sua missão. Logo, não se tratou de litígio, mas de uma ação administrativa normal que nós, como gestores do bem público, devemos adotar.



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