A Marinha do Brasil vem desenvolvendo dispositivos para a reabilitação de infectados com a Covid-19 em parceria com a Universidade de São Paulo (USP).
As duas instituições preparam-se para iniciar produção em escala de um ventilador pulmonar emergencial batizado com o nome 'Inspire'.
O aparelho foi desenvolvido por equipe de pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP.
De baixo custo, o equipamento pode ser produzido em até duas horas, com tecnologia nacional e preço inferior ao dos aparelhos disponíveis atualmente no mercado.
Em tempos de pandemia, militares pesquisadores e cientistas das Forças Armadas Brasileiras trabalham sem descanso na busca de soluções para enfrentar o Covid-19.
Sob a supervisão da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), a produção das estruturas mecânicas conta com a participação do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e do Centro Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais (CTecCFN).
Tanto o projeto técnico quanto a produção do protótipo dos respiradores foram concebidos e aperfeiçoados pelos engenheiros integrantes do Projeto de Desenvolvimento da Planta Nuclear Embarcada (PNE), do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.
A produção será feita no Laboratório da Sede do CTMSP, no próprio campus da Universidade de São Paulo (USP), com a participação de técnicos do Centro Experimental Aramar (CEA).
A estimativa inicial é que sejam produzidos de 25 a 50 ventiladores pulmonares por dia. Essa capacidade poderá ser ampliada caso haja necessidade.
Até o momento, a primeira fase do projeto foi concluída com êxito. Foram fabricados dez protótipos e desenvolvido o modelo que consolidou o primeiro dos respiradores, denominado “Cabeça de Série”.
A USP, com o apoio da Marinha, está empenhada na aquisição dos últimos componentes críticos e insumos, e em submeter o equipamento a testes e avaliações das autoridades competentes. Assim que for obtida sua homologação, o novo equipamento será produzido em escala e disponibilizado para uso emergencial.