Embraer e Brasil desenvolverão radar de contrabateria
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Embraer e Brasil desenvolverão radar de contrabateria

Capa radar contra bateria Hensoldt
Cobra, o radar de contra bateria da Hensoldt. Imagem: Hensoldt
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Embraer e o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro (DCT) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica que estabelece a cooperaçãopara estudos e análises conjuntas dos conceitos técnicos e operacionais, bem como a avaliação das capacidades necessárias à concepção e ao desenvolvimento, do Sistema Radar de Contrabateria (SRCB).

“Estamos muito satisfeitos com a assinatura deste Acordo de Cooperação Técnica com a Embraer. Ao longo das últimas décadas, a profícua parceria entre a Empresa e o Exército Brasileiro permitiu a consolidação de conhecimento estratégico no país nas áreas de radares e sistemas de vigilância de fronteiras, com implantação e entrega de sistemas de defesa e de materiais de emprego militar em benefício dos Programas Estratégicos, como o SISFRON e Defesa Antiaérea. Fruto desse esforço conjunto, hoje o Brasil pertence a um seleto grupo de países que domina a tecnologia e a fabricação de radares. Temos certeza de que a presente cooperação permitirá dar prosseguimento às iniciativas existentes, perpetuando conhecimento, retendo tecnologias e ampliando capacidades de cunho estratégico para a Força Terrestre”, disse o Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, General de Exército Guido Amin Naves.

O Acordo de Cooperação tem por finalidade a promoção de estudos preliminares conjuntos dos conceitos técnicos e operacionais de Sistemas Radar de Contrabateria, bem como pretende identificar qual o nível de utilização tecnológica e industrial dos Sistemas Radares já desenvolvidos pelo Centro Tecnológico do Exército em parceria com a Embraer na concepção, pesquisa e desenvolvimento de potenciais Radares de Contrabateria, que atendam aos requisitos do Exército Brasileiro.

“Com este acordo vamos expandir as competências da Embraer no campo da pesquisa e do desenvolvimento de radares e sistemas terrestres, compreendendo sensores e suas aplicações civis e militares. A história da Embraer é uma sucessão de desafios tecnológicos, muitas vezes trazidos pela necessidade dos nossos clientes e parceiros, o que sempre nos levou a aprimorar nossas capacidades de engenharia e industrial no desenvolvimento, homologação, testes, fabricação, comercialização e suporte técnicos dos mais diferentes produtos”, disse Jackson Schneider, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

Atualmente, a Embraer é uma das principais empresas participantes do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON) do Exército Brasileiro, um dos maiores projetos de vigilância de fronteiras em implantação no planeta, além de fornecer radares e soluções de Controle e Alerta aplicadas ao Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea.

Como funciona

A artilharia de campanha emprega três tipos de radares: contra morteiro, contrabateria e vigilância terrestre. Todos são equipamentos eletrônicos ativos e, por conseguinte, sujeitos a contramedidas eletrônicas.

A nova tendência mundial é a reunião de várias capacidades em um mesmo equipamento: radar multifunção. Para fins de emprego do sistema de mísseis e foguetes, o foco será dado nos radares de contrabateria e de vigilância terrestre. 

O radar de contrabateria localiza as peças de artilharia e os arrebentamentos de granadas, pela determinação da origem ou término da trajetória de um projetil por intermédio de cálculos e gráficos baseados nas informações obtidas pelo radar sobre a trajetória do projetil no espaço.

Os radares de contrabateria são equipamentos que realizam as atividades básicas de busca de alvos, complementando os dados oriundos do Sistema de Aeronave Remotamente Pilotado (SARP) e radares de vigilância terrestre.

Para as atividades de Busca de Alvos (BA), os sistemas de radar deverão apresentar características gerais obrigatórias como possuir mobilidade tática compatível em qualquer tipo de terreno; ser de fácil transportabilidade; reação rápida e eficiente: realizar a busca de alvos em tempo adequado para o planejamento dos fogos de contrabateria; cobertura e precisão: ter a capacidade de detectar alvos com precisão suficiente para o engajamento pelos meios de apoio de fogo; ser imune a transferências; possuir baixa assinatura eletrônica e térmica; e flexibilidade de emprego: ter a capacidade de possuir um sistema de comunicações com a possibilidade de atender às necessidades do próprio subsistema e, em particular, com o subsistema Direção de Tiro e Coordenação de Fogos.

Q 53 Counterfire Target Acquisition RadarAN/TPQ-53. Imagem: Lockheed Martin



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