Marinha do Brasil incorpora barco-patrulha do Maracanã, sete anos depois do planejado
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Marinha do Brasil incorpora barco-patrulha do Maracanã, sete anos depois do planejado

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O NPa Maracana durante a sua construção no AMRJ. Foto: Marinha do Brasil
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Um final feliz para uma história de atrasos que somam mais de 10 anos. No dia dois de dezembro de 2022, a Marinha do Brasil entregou ao seu setor operativo o Navio Patrulha "Maracanã", terceira unidade classe Macaé com 500 toneladas de deslocamento, armada e equipada para cumprir missões de presença e vigilância na "Amazônia Azul".

Segundo a Esquadra Brasileira, essa entrega marca a Retomada da Construção Naval no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, mas não deixa de ser importante lembrar os motivos que levaram a essa retomada, já que nos planos originais, esse navio deveria ter sido entregue em 2015. 

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O P72 "Maracanã" completo após uma longa jornada de quase 10 anos. Foto: Marinha do Brasil

Os problemas causados pela falência do estaleiro EISA, além de paralisarem as obras do "Maracanã", ainda geraram um segundo casco incompleto, o NPa "Mangaratiba", que após muito trabalho, e em paralelo com a conclusão do primeiro navio, também teve sua construção retomada e deverá ser o próximo NPa entregue pelo AMRJ (previsto para 2025).

Durante a cerimônia de entrega, aconteceu o batismo do NPa “Maracanã”, conduzido pela senhora Selma Foligne Crespio de Pinho, madrinha do navio e esposa do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, presente na cerimônia.

Com tecnologia majoritariamente brasileira, o “Maracanã” irá atuar subordinado ao Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul e Sudeste em Santos (SP). 

O navio faz parte do Programa de Obtenção de Navios-Patrulha (PRONAPA) que prevê, também, a continuidade da construção, no AMRJ, do Navio-Patrulha “Mangaratiba”, com entrega prevista para 2025, ou 10 anos após o início de sua construção.

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O comandante da Marinha do Brasil descerra placa comemorativa da entrega do "Maracanã". Foto: MB

Para o Diretor-Geral do Material da Marinha (DGMM), Almirante de Esquadra José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, a entrega do navio representa “a história do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, um estaleiro rico de tradições e potencialidades, que renova, a cada navio construído, suas capacidades e suas possibilidades.”

O primeiro Comandante do “Maracanã”, Capitão de Corveta Raphael Saidel da Costa, destacou que o Brasil passa a ter um meio naval moderno e de pronto emprego. “Além de todas as capacidades operativas que o navio possui, para mim é um motivo de muito orgulho ser o primeiro comandante e, agora a partir de Santos, poderemos realizar a nossa missão que é colaborar na proteção do Mar Territorial Brasileiro e sua Zona Econômica Exclusiva contígua".

Para ser entregue ao Setor Operativo, o NPa “Maracanã” foi submetido a um amplo programa de testes de aceitação de todos os sistemas e equipamentos no mar, a fim de garantir a segurança e a eficiência da sua operação. 

Mesmo antes de sua incorporação, o navio pôde ser visto em plena navegação durante as comemorações alusivas ao Bicentenário da Independência do Brasil, participando da Parada Naval e da Revista Naval.

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