Brasil escolhe o Centauro II como seu novo veículo de combate com rodas 8x8
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Brasil escolhe o Centauro II como seu novo veículo de combate com rodas 8x8

O blindado italiano supera o LAV 700 AG da General Dynamic Land Systems e o ST1-BR da chinesa Norinco
Centaruo II torreta Hitfact MkII  Leonardo
Centauro II. Foto: Leonardo
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Não houve surpresas. Como era esperado desde antes mesmo da publicação do edital, o blindado Centaruo II do consórcio CIO, formado em partes iguais por Iveco e Leonardo, foi escolhido pelo Exército Brasileiro para se tornar seu novo veículo de combate com rodas 8x8. Assim, a força terrestre anunciou hoje através do site criado para o concurso.

Desta forma, o veículo italiano prevalece sobre o LAV 700 AG da General Dynamics Land Systems, que terminou em segundo lugar, e o ST1-BR da empresa chinesa Norinco, na terceira posição.

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O contrato, que prevê a compra de pelo menos 98 unidades do Centauro II e que pode ser ampliado para 221 nos próximos anos, introduz munição 120mm no Exército Brasileiro, sistemas digitais de controle de tiro, comunicações integradas pelo combate C2, armas passivas e defesas ativas, tudo digitalizado e integrado a um moderno e funcional sistema de gerenciamento de campo de batalha. Será o veículo de combate mais sofisticado e completo da história do Exército Brasileiro.

O veículo CIO é considerado referência em carros blindados de combate com rodas, pois é o único desenvolvido especificamente para esse fim e não um veículo blindado adaptado. A versão apresentada ao EB é a mesma que está entrando em operação no Exército Italiano, pesando aproximadamente 30 toneladas e equipada com torreta Leonardo Hitfact MkII, armada com canhão 120mm/L45.

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A Iveco sempre levou vantagem, o sucesso do programa de blindados Guarani 6x6 faz com que o Exército veja a montadora italiana com bons olhos e até com um sorriso. Além disso, conforme publicado pela revista Tecnología & Defesa, o Centaruo II e o Guaraní compartilham aproximadamente 28,5% dos componentes, o que os torna praticamente membros da mesma família de blindados. Isso resultaria não apenas na redução de custos na cadeia logística, mas também no aumento da demanda por essas peças, incentivando a indústria local a produzi-las. Além disso, a Iveco se ofereceu para aumentar sua presença industrial no Brasil, adicionando à sua fábrica em Minas Gerais, onde produz Guarani, uma planta industrial no sul do país para atender à exigência do Exército de instalar uma planta de apoio logístico para o blindado 8x8.

Por sua vez, a Leonardo ofereceu ao Brasil a instalação de uma fábrica de produção da torre Hitfact MkII com a qual os blindados Centauro II serão equipados. A empresa explicou ao Infodefensa.com que, numa primeira fase, as novas instalações seriam destinadas principalmente à montagem de todos os componentes que compõem a torre, que são fabricados em Itália, pelo que não se descarta que em futuramente poderá ocorrer alguns dos equipamentos que compõem o Hitfact MkII.

A torre Hitfact MkII

A torre Hitfact MkII é qualificada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e está em produção contínua e representa o máximo em termos de poder de fogo, conectividade e capacidade de sobrevivência.

O modelo mais recente da família Hitfact, com mais de 500 unidades em serviço nas Forças Armadas em todo o mundo, destaca-se por seu conjunto de sensores optrônicos totalmente digital, sua maior capacidade de sobrevivência e os acionamentos elétricos da torre, que juntos oferecem altos níveis de segurança e desempenho.

Centaruo II con Torre Hitfact MkII   Leonardo

A Hitfact MkII é operada por dois ou três homens e utiliza um sistema de carregamento de munição de acordo com a necessidade do usuário (o Exército Brasileiro optou pelo sistema manual). A torreta recebe, além do armamento principal de 120/45 mm ou 105/52 mm, um armamento auxiliar na forma de metralhadora coaxial 7,62 mm ou armas manuais tradicionais de calibre 7,62 mm ou 12,7 mm. o Exército Brasileiro decidiu integrar o Remax 4, da firma local Ares, isso poderia ser feito com total facilidade.

O armamento é complementado por oito lançadores de granadas de fumaça capazes de proteger contra sensores a laser e rastreadores infravermelhos, tanto de dia quanto de noite. A munição padrão da OTAN, de acordo com Stanag 4385 e Stanag 4458, é armazenada em compartimentos à prova de explosão separados da tripulação e emprega um sistema de carregamento que pode ser manual ou automático.



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